27 de novembro de 2015

Judoca Eric Takabatake comemora medalha de bronze no Grand Prix de Jeju, na Coreia do Sul

Brasileiro da categoria ligeiro fez uma boa competição e alcançou grande resultado nesta quinta-feira (26) 

O primeiro dia de competições do Grand Prix de Jeju, na Coreia do Sul, rendeu uma medalha para o Brasil. Nesta quinta-feira (26), o judoca Eric Takabatake conquistou o bronze na categoria ligeiro (até 60 kg) após fazer uma competição consistente contra adversários que estão entre os melhores do mundo.

"Fiquei muito feliz com o resultado. Os golpes fluíram bem e fico contente que deu tudo certo aqui. Era uma competição dura, com um nível bem alto e significa muito poder sair daqui com uma medalha para o Brasil, afirma.

Eric estreou na competição diante do russo Albert Oguzov. Em uma luta dura, venceu por ter aplicado um yuko no adversário. Na segunda rodada, o brasileiro bateu o indiano Vijay Kumar Yadav com um wazari e um yuko, sem permitir pontuação do adversário.

A terceira rodada reservou um desafio enorme para Eric: Boldbaatar Ganbat, da Mongólia, campeão mundial em 2014 e atual vice-líder do ranking internacional da categoria. Apesar da experiência do adversário, Eric fez uma luta dura e, sem pontuação de ambos, perdeu apenas por um shido. 

"Eu estava bem leve e solto. Hoje deu tudo certo, a única luta que perdi foi um erro de tática, dava até para sair com a vitória, mas foi um bom aprendizado para as próximas", explica.

Apesar da derrota, Eric levantou a cabeça e encarou Ilgar Mushkiyev, do Azerbaijão, na repescagem. Com um ippon sobre o 16º do mundo, Eric conseguiu se garantir na disputa por medalha. O bronze veio com uma bela vitória diante do francês Vincent Limare, atual número 13 do ranking mundial. Em um combate aberto, Eric aplicou um wazari e um yuko, contra apenas um yuko do adversário.

O Brasil também foi representado por outros quatro judocas nesta quinta. Sarah Menezes e Rafaela Silva evoluíram bem na competição, mas perderam em suas disputas de bronze. Felipe Kitadai, da mesma categoria de Eric, foi eliminado na segunda luta, e Nathália Brígida caiu na estreia.

O próximo desafio de Eric será o Grand Slam de Tóquio, que acontece de 4 a 6 de dezembro. "Isso me dá ainda mais motivação e confiança para ir a Tóquio e buscar mais uma medalha", conclui o judoca. 

MVP Sports

18 de novembro de 2015

Maria Suelen Altheman disputa o Grand Prix Interclubes pelo Instituto Reação, do Rio de Janeiro


Judoca da Associação Rogério Sampaio vai representar a equipe criada por Flávio Canto, na competição nacional deste fim de semana, em Goiânia (GO)

O Instituto Reação terá um importante reforço para a disputa do Grand Prix Nacional Interclubes Feminino de Judô, que acontece neste fim de semana, em Goiânia (GO). A judoca Maria Suelen Altheman, duas vezes vice-campeã mundial e umas das esperanças de medalha para o Brasil na Olimpíada de 2016, vai representar a equipe do Rio de Janeiro.

Suelen normalmente treina na Associação de Judô Rogério Sampaio, em Santos (SP), mas a equipe não vai disputar a competição nacional. Com isso, foi liberada para representar o Instituto criado por Flávio Canto em 2003.

"Vai ser bem legal disputar o Grand Prix pelo Reação. É uma equipe que eu gosto muito, tenho muitas amizades aqui e isso faz eu me sentir em casa. Estamos bem preparadas para chegarmos lá e sermos campeãs", afirmou a confiante judoca.

O Reação é uma organização não-governamental que promove o desenvolvimento humano e a inclusão social por meio do esporte e da educação, fomentando o judô desde a iniciação esportiva até o alto rendimento.

A equipe vai poder contar com outras nove judocas inscritas: Raquel Lopes Silva e Jessica Pereira (-52 kg), Rafaela Silva, Tamires Crude e Flávia Rodrigues da Cruz (-57 kg), Cinara Nogueira Rodrigues (-63 kg), Anne Katrin Lisewski e Kelly Rodrigues de Mesquita (-70 kg), além de Jamila Carlos dos Santos (+70 kg).

A competição terá atletas do Reação (RJ), Pinheiros (SP), Minas Tênis Clube (MG), Judô Inhumas/Goiás EC (GO), Palmeiras (SP), São José dos Campos (SP), Sesi (SP) e Sogipa (RS).

As lutas preliminares da competição começam no sábado (21) e as decisões por medalhas serão no domingo (22), a partir das 9h30 (de Brasília), com transmissão ao vivo do SporTV.

MVP Sports

Faixa marrom e sem clube, Buzacarini supera piadas e se aproxima da Olimpíada

Quem vê Rafael Buzacarini treinando acha estranho. A faixa sobre a cintura larga parece desbotada. Mas basta olhar mais de perto para constatar: ela é marrom. Melhor brasileiro do ranking olímpico da categoria meio-pesado do judô, Buzacarini até hoje não conseguiu se graduar para a faixa preta. Já são mais de 12 anos tentando.

"O campeão do Paulista por Faixa leva a faixa preta. Esse ano eu lutei, mas perdi para um cara de Sorocaba, que eu nem conheço. Eu tinha já feito oito lutas em dois dias, acabei vacilando na final. Mas eu não ligo. Faixa é só para amarrar o quimono. Meu foco é nas competições, nem ligo nisso de faixa", conta o judoca, que já participou cinco vezes do evento e sempre perdeu.

A faixa marrom, claro, gera brincadeiras dos colegas, mas passa despercebida pelo grande público. Nas competições internacionais, vestir a faixa preta é obrigatório, ainda que o atleta ainda não tenha tal graduação. O mesmo não vale nas competições nacionais. No Grand Prix Interclubes, disputado por 12 equipes, Buzacarini, facilmente reconhecível por ser um "quase albino", era um dos poucos judocas com a faixa marrom. 

Mas essas não são as únicas coisas que o diferenciam dos melhores do País. Estudante de fisioterapia, ele treina na Associação de Judô Vila Sônia, na Zona Sul de São Paulo, que não tem equipe para disputar o Grand Prix. O São Caetano, que ele defendeu até o ano passado, estava suspenso e Buzacarini acabou contratado para defender por uma semana o modestíssimo Jequiá, do Rio. "Eu corro por fora. Escolhi essa opção. Corro por fora, mas quero conquistar meus resultados dentro do tatame."

Enquanto praticamente todos os demais integrantes da seleção se dividem pelos quatro grandes clubes do País (Pinheiros, Minas Tênis Clube, Sogipa e Instituto Reação), Buzacarini cresceu sem as costas quentes.

Venceu o Brasileiro de 2012 e, depois, chegou à seleção ganhando a primeira etapa da seletiva olímpica, naquele mesmo ano. No início de 2013, era o terceiro nome da categoria quando fez sua estreia internacional. Foi sétimo lugar em um Grand Slam e ganhou três medalhas em etapas de Grand Prix, mas viu Luciano Corrêa, do Minas Tênis Clube, e Renan Nunes, da Sogipa, disputarem o Mundial, no Rio.

Renan ficou pelo caminho na corrida olímpica, fora da seleção, os resultados de Buzacarini não se mantiveram e Luciano assegurou a titularidade da categoria, o que o levou à prata do Campeonato Pan-Americano e ao ouro nos Jogos Pan-Americanos. 

Em seu terceiro Grand Slam do ano, entretanto, Buzacarini reagiu e surpreendeu ao ganhar a medalha de prata em Paris, melhor resultado de um brasileiro no ciclo olímpico na categoria. "Eu sabia que vinha de competições boas, que estava num ritmo bom. Eu ia para a competição, lutava bem, mas perdia na primeira ou segunda luta, sentia que podia chegar mais longe. Dessa vez fiquei em segundo, mas com a sensação de que podia ficar com a medalha de ouro, então isso dá uma motivação a mais."

O resultado fez o paulista alcançar 416 pontos e, por 14, ultrapassar Luciano Corrêa no ranking olímpico, que leva em consideração o peso que os pontos terão ao fim da corrida. O Brasil tem uma vaga por categoria e, entre os meio-pesados, ela será de Luciano ou Rafael. Diferentemente do que acontecia no passado, quando havia confronto direto, o escolhido pode chegar ao Rio-2016 sem ter enfrentado o rival.

"O Luciano tem uma longa história e eu tenho que treinar e aproveitar as oportunidades que são dadas para mim. Eu lutei com ele uma vez só, em 2010, evoluí, ele também, mas queria ter a oportunidade de pegar no quimono dele para ver como eu estou, como ele está, quem está melhor. A gente tem uma amizade boa e a rivalidade é saudável", conta. 

No ranking mundial, que considera resultados dos últimos dois anos, Luciano ainda está na frente de Buzacarini. Mesmo assim, a CBJ resolveu dar aos dois as mesmas chances neste fim de ano. Os dois lutam tanto no Grand Prix de Jeju (Coreia do Sul), na semana que vem, quando no Grand Slam de Tóquio (Japão) na semana seguinte. "Na minha cabeça, é onde vai decidir quem vai para a Olimpíada", aposta Buzacarini.

Estadão

15 de novembro de 2015

Holly Holm choca o mundo, vence por nocaute e deixa Ronda chorando

Desafiante se tornou uma das maiores zebras na história do MMA e deixou a agora ex-campeã desmaiada

Os fãs de MMA que ficaram acordados até as 3h53 da madrugada deste domingo para assistir à luta principal do UFC 193 foram recompensados com um dos maiores momentos da história do esporte. Maior nome do Ultimate na atualidade, Ronda Rousey foi nocauteada de forma impiedosa pela desafiante Holly Holm em uma das grandes zebras já registradas em um ringue.

O UFC 193 já seria um evento histórico por si só, já que levou quase 70 mil torcedores ao Etihad Stadium, em Melbourne , mas o feito de Holm ofuscou qualquer outra marca que pudesse ser atingida na tarde australiana e acertou sua marca registrada, um chute alto certeiro, que levou Ronda à lona imediatamente.

“Eu não sei, é difícil falar como eu me sinto, mas é muita loucura. Eu cheguei aqui e recebi tanto amor e carinho, que não poderia fazer nada além de retribuir”,Foram muitas lágrimas, muito suor, mas tudo valeu a pena”, disse uma emocionada Holm, ao comentarista Joe Rogan ainda no octógono. Por sua vez, Rousey, inconsolável e debulhada em lágrimas, deixou o ringue sem falar.

Com o triunfo, Holm levou elevou seu cartel profissional para 10 vitórias em 10 lutas e manteve-se invicta. Já Ronda sofreu sua primeira derrota em 13 lutas e agora tem 12 vitórias e um revés.

A luta

No início do combate, Ronda acabou enfrentando dificuldades para se aproximar de Holm, que manteve bem a distância e atacou a campeã no contragolpe. Ronda, no entanto, conseguiu se aproximar e pegar a rival no clinch. Porém, a colega de treinos de Jon Jones reposicionou o combate na trocação e levou a vantagem.  No último minuto, Holm, que já havia escapado de um armlock, ainda perdeu seu protetor bucal e conseguiu até uma queda sobre a campeã, dando mostras que o que estava por vir não era o tradicional roteiro das lutas da campeã.

No segundo assalto, um chute frontal no rosto parece ter desnorteado Ronda, que após o golpe perdeu precisão e equilíbrio, tentando por diversas vezes golpes com pouca técnica e chegando a se desequilibrar sozinha em certo momento. Após receber um golpe de encontro e sofrer um knockdown, Ronda levantou sem se proteger e acabou recebendo um chute alto certeiro, com a canela, que a fez cair ao solo, em uma cena que lembrou bastante sua última vitória sobre a brasileira Bethe Pitbull. Holm ainda foi ao chão se certificar do triunfo e aplicou dois socos em Rousey, que já estava desmaiada àquela altura, antes da interrupção do árbitro Herb Dean.

Confira os resultados do UFC 193:

CARD PRINCIPAL

Holly Holm venceu Ronda Rousey por nocaute (chute alto e socos) aos 59s do R2;

Joanna Jedrzejczyk venceu Valérie Létourneau em decisão unânime dos juízes (49×46, 49×46 e 50×45);

Mark Hunt venceu Antônio Pezão por nocaute (socos) 3m41s do R1

Robert Whittaker venceu Uriah Hall por decisão unânime dos juízes (30×27, 30×27 e 29×28);

Jared Rosholt venceu Stefan Struve em decisão unânime dos juízes (29×28, 29×28 e 29×28)

CARD PRELIMINAR

Jake Matthews venceu Akbarh Arreola por TKO (interrupção médica) no R2.

Kyle Noke nocauteou Peter Sobotta (golpes no corpo) aos 2m07s do R1;

Gian Villante nocauteou Anthony Perosh (cruzado de encontro) aos 3m56s do R1;

Danny Martinez derrotou Richie Vaculik em decisão unânime dos juízes (30×27, 30×27 e 30×27)

Dan Kelly venceu Steve Montgomery em decisão unânime dos juízes (29×28, 29×28 e 29×28);

Richard Walsh venceu Steve Kennedy em decisão unânime dos juízes (29×28, 30×27 e 30×27);

James Moontasri venceu Anton Zafir por TKO (chute e soco giratório) aos 4m36s do R1;

Ben Nguyen finalizou Ryan Benoit com um mata-leão aos 2m35s do R1.

Super Lutas

Um novo olhar sobre a chegada do judô ao Rio Grande do Sul

O gaúcho, advogado, especialista em direito civil, e judoca do Grêmio Náutico Gustavo Tanger Jardim realizou o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), intitulado “O surgimento do Judô no Estado do Rio Grande do Sul: uma análise da década de 1950-1960”, estudo obrigatório, junto à Federação Gaúcha de Judô (FGJ), para que tenha a sua certificação de faixa preta 1º grau (shodan) aferida pela entidade.

O aluno do kodansha Cid Correa Rodrigues Júnior, em sua pesquisa, retrata como o judô aportou de fato no Rio Grande do Sul, mais precisamente em Porto Alegre. O estudioso apresenta supostas contradições que pesquisadores anteriores publicaram acerca deste tema. Apoiado em documentos, como o deixado pelo falecido Irineu Pantaleão Bazacas, judoca que viveu o período e fora co-responsável por implementos administrativos referentes ao judô gaúcho, Jardim relata a chegada do japonês Takeo Yano e a introdução do primeiro dojô. Ainda, buscou através da metodologia da história oral complementar informações que fosse pertinente à época dos acontecimentos.

Para quem tem curiosidade ou trabalha com pesquisa da história do judô, em especial, a do Rio Grande do Sul, este trabalho é fortemente indicado.

Leia na íntegra acessando o link abaixo:

2 de novembro de 2015

Mayra Aguiar perde para holandesa e fica com a prata no Grand Slam de judô


Em seu retorno aos tatames após o Campeonato Mundial de Astana 2015, Mayra Aguiar mostrou que está em forma e chegou à decisão do Grand Slam de Abu Dhabi, neste domingo. Porém, a brasileira perdeu no golden score para a holandesa Marhinde Verkerk, campeã mundial de 2009, e ficou com a medalha de prata. 

Esse foi o terceiro pódio da brasileira na temporada (ouro no Campeoanto Pan-Americano Edmonto, prata nos Jogos Pan-Americanos Toronto) e a segunda medalha do Brasil nesta competição.

A campanha de Mayra começou com vitória sobre Mi-Young Choi, da Coreia do Sul, por waza-ari, e avançou às quartas de final, onde derrotou por ippon a britânica Natalie Powel. Na semifinal, a brasileira reencontrou sua adversária da final mundial em Chelyabinsk 2014, Audrey Tcheumeo, da França, repetiu o resultado e desbancou a francesa por um yuko. 

A decisão pelo ouro foi contra Marhinde Verkerk, da Holanda, contra quem a brasileira conquistou o bronze em Londres 2012. Mas, em Abu Dhabi, a holandesa levou a melhor. Equilibrado, o confronto foi para o golden score empatado nas punições (2 a 2). Mayra arriscou uma entrada, se expôs, e Verkerk aproveitou para encaixar o estrangulamento, fazendo com que a brasileira desistisse do combate. 

O Brasil foi representado neste domingo também por Eduardo Bettoni (90kg), que venceu na estreia o eslovaco Milan Randl, conseguindo marcar dois yukos e levar o adversário a sofrer quatro punições. O peso-médio, porém, caiu nas oitavas de final diante do tricampeão mundial e campeão olímpico, Ilias Iliadis, da Grécia.

Com esses resultados, a seleção brasileira se despede dos Emirados Árabes com duas medalhas de prata e um quinto lugar. Além de Mayra, Érika Miranda garantiu o seu pódio no primeiro dia de competições e Victor Penalber deixou o bronze escapar, no sábado.

LancePress