30 de setembro de 2007

MARIA KRAUSS É CAMPEÃ BRASILEIRA

Maria Aparecida Machado Krauss (Adeblu) conquistou ontem (sábado), em Brasília-DF, a medalha de ouro da categoria de peso meio-leve (-52 kg.) do Campeonato Brasileiro de Judô Sênior 2007. Com este resultado, a judoca blumenauense que há dois meses sagrou-se campeã brasileira universitária, deverá ser confirmada entre os nomes cotados para o Projeto Beijin 2008, cuja relação será divulgada amanhã (dia 1º) pela Confederação Brasileira de Judô (www.cbj.com.br).

Além do ouro de Maria Aparecida, a representação da FCJ neste Brasileiro trouxe mais duas medalhas de bronze: Rosângela Lopes de Moraes (Amigos do Futuro/Balneário Camboriú), no peso médio (-70 kg.), e Douglas Gomes da Silva (Acref-Unisul/Tubarão), no peso super-ligeiro (-55 kg.). Dos demais catarinenses inscritos, Marcelo Ferreira Vaz da Silva (Acref-Unisul/Tubarão) foi o que mais se aproximou de medalha, com o 5º lugar do peso médio (-90 kg.).

Fonte FCJ

JOGUINHOS ABERTOS DE SANTA CATARINA

27 de Setembro a 06 de outubro de 2007 – Chapecó
Programação da Modalidade Judô
Dia 01 (segunda-feira)
16:00 horas
Congresso Técnico
Dia 02 (terça-feira)
08:00 horas
Pesagem: Super-Ligeiro Þ Leve
13:00 horas
Lutas: Super-Ligeiro Þ Leve
Dia 03 (quarta-feira)
08:00 horas
Pesagem: Meio-Médio Þ Pesado
13:00 horas
Lutas: Meio-Médio Þ Pesado
Dia 04 (quinta-feira)
08:00 horas
Lutas: Equipes


Fonte FCJ

Torneio define participantes de seletiva olímpica

O judô brasileiro deu mais uma passo para definição da seleção olímpica neste domingo. Em Brasília, o Campeonato Brasileiro Sênior 2007 definiu os últimos nomes classificados para a pré-seletiva olímpica, que acontecerá no próximo dia 6 de outubro, em São Paulo.

Os campeões brasileiros se juntarão a outros pré-classificados (campeão do Troféu Brasil, campeão pan-americano júnior, titular da seleção brasileira sub-23, titular da seleção brasileira júnior, além de uma indicação técnica) para lutar por uma vaga para disputar com o reserva da seleção brasileira no Mundial 2007 o direito de ir para a fase final na Europa em 2008, ao lado do titular da seleção brasileira do Mundial.

Em alguns casos, como na categoria meio-médio feminino, Vânia Ishii foi a campeã brasileira sênior, mas já tem a vaga na final da pré-seletiva por fazer parte da seleção brasileira B (Danielli Yuri disputou o Mundial Sênior 2007). Assim, nas situações onde um atleta ocupar mais de uma vaga, as demais poderão ser preenchidas por indicação da comissão técnica da Confederação Brasileira de Judô, segundo os critérios estabelecidos.

Confira os campeões de cada categoria:
FemininoMasculino
Super-ligeiro (- 44kg)
1º. Milena Mendes/DF

Ligeiro (48kg))
1º. Taciana Lima/RS

Meio-leve (-52kg)
1º. Maria Krauss/SC

Leve (-57kg)
1º. Paula Rodrigues/RJ

Meio-médio (-63kg)
1º. Vania Ishii/SP

Médio (-70kg)
1º. Kelly Silva/SP

Meio-pesado (-78kg)
1º. Claudirene Cesar/SP

Pesado (+78kg)
1º. Aline Barbosa/SP
Super-ligeiro (-55kg)
1º. Thiago Aoki/SP

Ligeiro (-60kg)
1º. Daniel Loureiro/RJ)

Meio-leve (-66kg)
1º. Leonardo Luz/DF

Leve (-73kg)
1º. Renan Pinto/RJ

Meio-médio (-81kg)
1º. Rodrigo Luna/RJ

Médio (-90kg)
1º. Eduardo Santos/SP

Meio-pesado (-100kg)
1º. Evandro Santos/SP

Pesado (+100kg)
1º. Walter Santos/SP
GE Express

Tiago Camilo vs Franklin Cisneros - Categoria Meio-médio

29 de setembro de 2007

TACIANA LIMA (Sogipa) CONQUISTA OURO NO BRASILEIRO SÊNIOR

A judoca sogipana Taciana Lima conquistou o 1º lugar na categoria ligeiro, até 48 kg. Agora, Taciana disputará, no próximo dia 6 de outubro, a pré-seletiva para as olimpíadas de Pequim. A delegação gaúcha, na classe feminina, conquistou o 3º lugar com Márcia Vieira, na categoria meio-médio, até 63 kg. Já Rafaela Nitz ficou em 5º, na categoria pesado, acima de 78 kg. A decepção ficou por conta do irmão do campeão mundial Tiago Camilo. Luiz Camilo não teve uma boa participação e acabou em 3º lugar. Outro atleta da Sogipa Rafael Krug também conquistou a medalha de bronze.

27 de setembro de 2007

1º Torneio de Judô do Grêmio Náutico Gaúcho

Data: 07/10/2007 (domingo) Local: Grêmio Náutico Gaúcho Endereço: Av. Praia de Belas, 1948, Menino Deus, Porto Alegre/RS
  • PRÉ-JUVENIL - Masc. e Fem (13 e 14 anos) nascidos em 93 e 94 - às 08:30 hs;
  • INFANTO-JUVENIL - Masc. e Fem (11 e 12 anos) nascidos em 95 e 96 - às 09:30 hs;
  • INFANTIL - Masc. e Fem (9 e 10 anos) nascidos em 97 e 98 - às 10:30 hs;
  • PRÉ-MIRIM - Masc. e Fem (6 anos) nascidos em 2001 - às 14:00 hs;
  • PRÉ-MIRIM - Masc. e Fem (4 e 5 anos) nascidos em 2002 e 2003 - às 15:00 hs;
  • MIRIM - Masc. e Fem (7 e 8 anos) nascidos em 1999 e 2000 - até 30 kg- às 16:30 hs;
  • MIRIM - Masc. e Fem (7 e 8 anos) nascidos em 1999 e 2000 - mais de 30kg - às 17:30 hs.

Fernando Lemos com o judoca sogipano


O presidente do Banrisul, Fernando Lemos, cumprimentou, ontem, o judoca gaúcho João Derly, da Oi/Sogipa, pelo bicampeonato mundial, conquistado no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 16 deste mês. Apoiado pelo banco gaúcho desde 2005, Derly agradeceu o incentivo recebido, que deu condições para permanecer no Estado, onde construiu toda a sua carreira. 'A parceria com o Banrisul trouxe conforto e segurança, possibilitando me manter e continuar treinando em Porto Alegre', declarou.
'A carreira vitoriosa de João Derly serve como exemplo para milhares de jovens, e o Banrisul, com esse apoio, beneficia a comunidade propagando um estilo de vida saudável, voltado aos esportes', disse Lemos. O resultado no Mundial garantiu a Derly a melhor atuação de um brasileiro na história da competição. Ele já tem vaga nos Jogos Olímpicos de Pequim.

Fonte Correio do Povo.

24 de setembro de 2007

Thiago Camilo salva o Judô Mundial

21'Set'2007 - Divulg. JUDOBRASIL

Com técnica, maturidade e principalmente demonstrando o que é Judô, Thiago Camilo emprestou ao Campeonato Mundial o brilho necessário aos olhos da expressiva amostragem de amantes dessa modalidade, que até o momento de sua primeira luta, pouco tinham visto do verdadeiro Judô. Venceu sete lutas por ippon apesar das três primeiras lutas terem sido com adversários fracos, (Aruba, El Salvador e Monte Negro). Veio, viu e venceu, fazendo o que poucos fizeram. Só vi o russo Nevzorov dar sete ippons de utimata, inclusive no japonês Kuramoto, no Mundial de Viena 1975. Do mesmo nível técnico de Thiago destacaram-se os japoneses Y. Muneta, Inoue e Suzuki, no masculino e Riyoko Tani no feminino. Iliadis da Grécia, Cousins da Inglaterra e Riner da França, também merecem destaque pelo Judô apresentado. No geral presenciamos um Judô onde os lutadores procuraram se esquivar do mais importante fundamento técnico; a “pegada”, contato direto para domínio do adversário para a execução e controle da principal característica do Judô; o arremesso. Na busca incessante pelas medalhas, foi regido pela estratégia de se conseguir a mínima vantagem, através de um simples agarre ou de penalidades. Um Judô onde ninguém entra para lutar e vencer e sim para não perder. Realmente uma ofensa aos amantes do Judô tradicional e dou razão ao professor japonês do interior de S.Paulo que estava em minha companhia. Após assistir os dois primeiros dias, no terceiro disse: “Odairu, hoje vai dormir né! Penso ia aprender coisa diferente campeonato de Mundo né, mas não aprende nada né!” Relembro aqui o auge do Judô Nacional e Internacional desde I. Okano a Y. Yamashita, de Anton Geesink a Nevzorov, e de L. Shiozawa a Chiaki Ishii. Todos os judocas dessa época viveram o verdadeiro Judô. Reencontrei amigos das seleções brasileiras de 1965 a 1975 que compartilham da mesma opinião.Tenho certeza que o atual técnico da seleção J. Shinohara tem a mesma opinião. O Japão venceu o Campeonato Mundial não só nas medalhas, mas também no rendimento técnico, deixando o Brasil em segundo lugar nas medalhas, que terminou perdendo no rendimento técnico para o Japão, França e Cuba. A última vez que o Japão ganhou todas as medalhas de ouro foi no Mundial de 1973 em Lausanne, Suíça. Um resultado inédito para o Brasil, com o melhor lutador da competição, que apesar dos reveses políticos para disputar na sua verdadeira categoria, conseguiu com paciência, perseverança e seu Judô de alto nível, comprovar no tatami que é o legítimo dono da mesma. Pequim o espera, mas terá que lutar não só no tatami, mas também com as articulações políticas que atuam nos porões dos conciliábulos, e no final agem tal qual Poncio Pilatos. Os Japoneses apesar de apresentarem seu grande ídolo Inoue, fora de seu peso ideal, acabou não passando pelas eliminatórias, juntamente com Suzuki prejudicado por uma arbitragem deficiente e insegura que causou polêmica. O Brasileiro Luciano Correa, combativo e ousado, evoluiu, venceu a categoria meio-pesado, mas sem ainda uma técnica aprimorada, foi campeão sem demonstrar um Judô técnico. Quanto ao nosso peso pesado João Schlittler apesar de sua medalha de bronze, parece que suas declarações de que “era importante a casa cheia, pois a torcida pode influenciar a arbitragem a punir um rival em um momento chave” (Folha de S. Paulo 12/09/07) não o ajudou. Será essa a orientação que é dada aos atletas pelos técnicos e dirigentes? O peso meio-leve, João Derly apesar de bicampeão mundial, e ter aplicado um “meio ude gaeshi”em um de seus adversários, nunca apresentou um Judô bonito de se ver. Vence demonstrando um agarra-agarra, como todos de sua categoria. Declarou ao jornal O Estado de S. Paulo(17/09/07), que “foi estudado por todos os adversários e que teve muita dificuldade para impor seu estilo”. Que estilo? Wrestling, Greco Romana ou Huka Huka? Nas suas sofridas últimas lutas, vi até Utimata sem segurar no judogui do adversário e infelizmente vi nosso técnico, J. Shinohara desesperado, torcer e pedir por penalidades. No feminino, já vi lutas melhores nos campeonatos regionais nas categorias infantil e juvenil em S.Paulo. Entre as nossas atletas, somente Mayra Aguiar e Érika Miranda, devidamente bem orientadas e treinadas poderão aspirar grandes resultados. A nossa orientadora técnica (torcedora) continua tripudiando como sempre, torcendo e implorando por penalidades, chegou a ponto de levantar-se de sua cadeira e instigar o público a fazer o mesmo. Lamentável. A arbitragem repito, deficiente e insegura, por duas vezes ou mais, fez com que prevalecesse a opinião do coordenador de árbitros e não dos três árbitros que tinham decidido pelo ippon. Também falhou muito em não punir atletas que insistiram na não combatividade, pois muitas lutas ficaram mais de dois minutos sem contato direto, o que já seria Hansoku make (desclassificação). Parece que os árbitros já foram contaminados pelo anti-Judô. E nossos árbitros, onde estavam? Sede do campeonato Mundial e tínhamos apenas um árbitro atuando, que por sinal é o mesmo desde 1992. É uma situação que só vem prejudicar a arbitragem nacional, pois os que aspiram chegar ao nível de árbitro Mundial e Olímpico, ficam desmotivados desde o início da carreira, vendo que é sempre o mesmo a participar das competições internacionais. É indignação geral entre os árbitros no Brasil. Continuando assim logo não teremos árbitros suficientes para nossas competições. Um país que pela sua participação e conquistas já faz parte da história do Judô mundial não pode estar fora da Federação Internacional de Judô. Está na hora de termos novamente alguém como tínhamos Sergio Bahi e o saudoso Prof. Dr. Carlos Catalano que foi um dos mais conceituados membros da F.I.J na sua época. Quanto a Pequim não se deve ficar perdendo muito tempo com cansativas seletivas, muitas vezes seletivas políticas para agrado geral, mas com prejuízos individuais. Os atletas classificados (1° a 5° no mundial) precisam de apoio financeiro, médico, nutricional, treinamento adequado, e participação nos torneios internacionais e estágios de treinamento na Europa e por último no Japão. Nessa fase pré-olímpica, o estrito acompanhamento de uma equipe técnica, com três ou quatro técnicos, preparador físico, médico, nutricionista e fisioterapeuta é importantíssimo. Não é nenhuma novidade, é a praxe de grandes equipes. Única dificuldade com o treinamento no Japão é que lá se deve treinar Judô como treina o japonês, o que talvez não seja do agrado de nossos atletas e dirigentes. Judoca de alto nível precisa saber treinar, derrubar e cair contra adversários de qualquer idade (7 a 70), peso e estatura. Se o “treinamento for sincero”, ("O Judô Moderno" – publicação anterior JUDOBRASIL) estarão em ótimas condições físicas, técnicas e psicológicas para os Jogos Olímpicos. Parabéns aos professores e técnicos João Gonçalves, Uitiro Umakakeba, Floriano de Almeida e Juniti Shinohara, sempre os mais esquecidos.

Odair Borges é mestre em Educação Física pela Universidade de São Paulo (USP), foi o primeiro judoca brasileiro a estagiar no Japão (Universidade de Waseda) no início da década de 70, foi integrante da seleção brasileira durante muitos anos. Cabe ressaltar que sua tese de mestrado foi avaliada (e aprovada) no Japão posto que, na época, não havia uma banca examinadora brasileira preparada para analisar um trabalho específico de Judô.

Nota de falecimento

Faleceu na manhã de hoje na capital de São Paulo, aos 54 anos, José Jorge Cougo, o "Jorjão da Shihan", diretor presidente da empresa Shihan Artigos Esportivos Ltda.
O velório terá início às 14h no cemitério Chora Menino no bairro do Imirim na rua Nova dos Portugueses 85. O sepultamento está marcado às 17h de hoje no mesmo local.

Brasil no topo do mundo com João Derly e Tiago Camilo

Os brasileiros Tiago Camilo (-81kg) e João Derly (-66kg), estão no topo do ranking mundial. Após a realização do Campeonato Mundial do Rio de Janeiro, a União Européia de Judô divulgou uma nova lista na qual os judocas campeões do evento aparecem na liderança de suas categorias. “O ranking mostra que estamos conseguindo manter uma boa rotina de resultados. Há um padrão de vitórias”, observa João Derly, já garantido na equipe brasileira que disputará a Olimpíada de Pequim. Além de Tiago Camilo e João Derly, estão no Top 10 os atletas Leandro Cunha (5º -66kg), Flávio Canto (9º - 81kg), Luciano Correa (3º -100kg), Daniel Hernandes (3º +100kg), Érika Miranda (5º -52kg) e Edinanci Silva (3º -78kg). Também se destacam na lista: Denílson Lourenço (17º -60kg), Pedro Guedes (19º -73kg), Leonardo Leite (20º -100kg), João Gabriel Schlittler (15º +100kg), Danielle Zangrando (13º -57kg), Mayra Aguiar (15º -70kg) e Priscila Marques (13º +78kg).
Fonte CBJ

20 de setembro de 2007

CBJ admite possibilidade de Canto subir de categoria

Passada a euforia pelo vice-campeonato geral no Mundial de Judô, encerrado neste domingo no Rio de Janeiro, a Confederação Brasielira de Judô (CBJ) tem um problema e tanto para resolver. Campeão mundial entre os meio-médios (até 81kg), Tiago Camilo deve disputar uma vaga nas Olimpíadas com Flávio Canto, medalhista de bronze na categoria em Atenas-2004.

O supervisor técnico das seleções brasielira, Ney Wilson admitiu que Canto pode virar médio (até 90kg) para a disputa. De acordo com o dirigente, este é um fato que será colocado em pauta pela comissão técnica da equipe nacional nas próximas semanas.

“O Canto subir de categoria é uma possibilidade que vai ser analisada. Não podemos ser inflexíveis. Na ocasião do Pan, achamos que o Camilo é quem tinha que subir e deu certo. Poucas vezes a comissão técnica errou em suas decisões, mas realmente ainda estamos vendo esta hipótese”, comentou o dirigente. Procurado pela reportagem para falar sobre o assunto, o Canto não foi encontrado.

Ney Wilson, inclusive, admitiu que Camilo já sai com uma certa vantagem para a disputa da seletiva olímpica. Desde 2006, o critério de escolha dos representantes do Brasil deixou de contemplar apenas combates diretos e passou a levar em conta o desempenho dos candidatos em competições internacionais.

“O fato de ele ter sido campeão mundial e pan-americano em 2007 já dá um excelente handicap (termo do golfe que indica uma espécie de histórico de cada jogador) a ele. Até pela parte psicológica, isso é importante”, destacou Ney Wilson, que não poupou elogios ao paulista de Bastos. “O resultado dele até que não nos surpreendeu, mas sim a forma como ele ganhou, com sete ippons e mostrando uma grande variedade de golpes. Isso nos entusiasmou”, completou.

O supervisor ainda avaliou o desempenho do médio Carlos Honorato, prata em Sydney-2000, mas que no Mundial carioca perdeu na estréia para um adversário da Irã, país sem tradição na modalidade. “Ele caiu em uma chave muito difícil, mas não rendeu o que poderia e sabe disso”, destacou, lembrando ainda que o carioca Hugo Pessanha está em fase final de uma grave lesão no joelho, que o tirou da temporada 2007.

Metas (muito) superadas - Ainda sem definir o planejamento da equipe nacional para as Olimpíadas de Pequim (“Passado o Mundial, que era a nossa principal meta, estamos em um momento de relaxamento”), Ney Wilson confessou que não esperava um resultado tão bom no Rio de Janeiro. “No masculino, a gente queria três medalhas na competição, sendo uma de ouro. Ganhamos quatro, com três títulos. Foi uma grata surpresa, até porque brigar pelo pódio é uma coisa e ganhar o ouro é outra”, destacou o supervisor.

Mesmo com a conquista de apenas uma vaga olímpica em sete possibilidades, o judô feminino brasileiro também não mereceu críticas da parte de Ney Wilson. “Não poderíamos pegar o excelente resultado do Pan (medalhas em todas as categorias) e sonhar com um grande Mundial. É claro que a gente tinha cartucho para ganhar uma medalha, mas a nossa meta era avaliar a homogeneidade da equipe e nisso houve um avanço. Se formos lembrar, no último Mundial, a maioria delas perdeu na primeira rodada, o que não houve agora”, apontou.
Gazeta Press

CBJ estuda subir Flávio Canto de categoria

"Titular hoje seria Camilo, mas Pequim é daqui a 1 ano"
A CBJ (Confederação Brasileira de Judô) trabalha com a possibilidade de preparar Flávio Canto para disputar a vaga olímpica nos 90 kg, abrindo caminho para o campeão mundial Tiago Camilo, eleito o melhor judoca do mundo, representar o país nos 81 kg nos Jogos Olímpicos de Pequim.

"A gente não pode perder a credibilidade sobre o processo, mas todas as situações serão analisadas, inclusive essa. No Pan não subimos o Tiago? Então vejo que pode ser uma possibilidade [usar Canto nos 90 kg]. Mas tem que ser estudada com calma", falou Ney Wilson, diretor técnico da CBJ.

É a primeira vez que a entidade acena com a hipótese, e o dirigente atribui o fato novo "ao fantástico Mundial do Tiago".

"Se tivesse que dizer hoje, por toda a temporada do Tiago, sem dúvida nenhuma ele seria o titular. Mas a Olimpíada é daqui a um ano", aponta o dirigente, evidenciando que o paulista está à frente do carioca na disputa no meio-médio (81 kg).

Titular da seleção, Camilo já está na final da seletiva -em 2008, dois judocas de cada categoria competem na Europa, e quem tiver o melhor desempenho vai a Pequim. Canto ainda tem que passar por pré-seletiva, em 13 de outubro, como todos os reservas da equipe.

Wilson alega não ter recebido ainda um laudo médico liberando Canto para lutar essa etapa. O judoca se recupera de luxação no braço sofrida no Pan. Se o medalhista de bronze em Atenas-2004 não reunir condições até a data, o embate (com o vencedor de uma "pré-pré-seletiva", marcada para 6 de outubro) pode ser adiado.

Indagado se Canto -que já lutou, sem sucesso, nos 90 kg no Mundial por equipes do ano passado- se adaptaria à categoria, Wilson foi enfático. "Não vejo dificuldade. Qualquer grande atleta tem condições de se adaptar, ainda mais com um ano de antecedência", declarou ele, antes de citar exemplos de judocas de destaque internacional que fizeram escaladas por mais de uma categoria.

A possibilidade de Canto tentar a vaga olímpica nos 90 kg foi cogitada pela primeira vez em público por Camilo, em entrevista à Folha no domingo. Na ocasião, credenciado pelo título mundial, ele alegou que não aceitaria ficar novamente alijado dos Jogos Olímpicos.

Na seletiva para Atenas, perdeu a vaga para Canto graças a punição a dois segundos do fim da última luta da seletiva entre eles, em Teresópolis (RJ).

"Encarei isso no Pan. Se eu fui para os 90 kg na ocasião, ele pode fazer o mesmo agora. Fiz a minha parte no Mundial, e está provado que estou num bom momento agora. O que decidirem está bom", disse Camilo, prata em Sydney-2000, ontem à Folha ao ser indagado sobre o assunto. Canto não foi localizado para comentar o assunto.
Judo Brasil

17 de setembro de 2007

ENTREVISTA: Tiago Camilo

Depois de derrotar todos os adversários por ippon, judoca é eleito o melhor atleta do Mundial
Alexandre Lobo e Raphael Andriolo
Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro

Ele já tinha uma medalha de prata conquistada nos Jogos Olímpicos de Sidney, na Austrália, em 2000. Sete anos depois, Tiago Camilo deu um aperitivo no Pan-Americano Rio 2007 do que faria no XXV Mundial de Judô. E olha que não foi nem em sua categoria de origem, o meio-médio. O judoca lutou no peso médio e ainda assim conquistou a medalha de ouro. De volta ao peso em que compete normalmente, Tiago não deu chances para os adversários no Mundial: venceu as sete lutas que disputou, sendo todas por ippon. Além de se sagrar campeão do mundo, o brasileiro ainda levou o título de melhor judoca da competição.

"Não sei se posso dizer que (Brasil) tem o melhor judô do mundo, mas com certeza está entre os melhores. Isso acontece porque todo mundo está se doando, sempre em busca de mais medalhas"

Você ganhou o Pan lutando em um peso acima do seu. Você lutaria uma competição internacional na categoria absoluto? Por que não? (Risos). Eu já lutei no absoluto em torneios regionais, em jogos abertos e em competições por equipe. Mas em nível internacional é outra coisa. Você precisa treinar com atletas de outros pesos para estar preparado para um desafio desses. Hoje o Brasil tem o melhor judô do mundo? Não sei se posso dizer que tem o melhor judô do mundo, mas com certeza está entre os melhores. Isso acontece porque todo mundo está se doando, sempre em busca de mais medalhas. O Brasil já tem um estilo próprio de luta? Acho que sim. Temos uma mescla do judô europeu, mais truncado, com o japonês, que tem mais um estilo clássico, e ainda contamos com uma tática muito boa. Esse judô vem até mesmo da miscigenação que temos aqui no Brasil. Qual foi a participação da torcida na conquista do título mundial? Os torcedores têm muita participação, com certeza. Eles acabam influenciando um pouco na decisão da arbitragem, pressionando, gritando das arquibancadas. Tentamos tirar essa energia que eles passam para a gente e colocá-la dentro do tatame quando estamos lutando. A boa fase do judô brasileiro se deve à boa estrutura fornecida para os atletas ou a uma geração de ouro de judocas que vem aparecendo? Os dois. A geração e a estrutura que temos para treinar são muito boas. Uma coisa depende da outra. Contamos com atletas muito bons, mas se não tivéssemos uma preparação técnica de alto nível, nada adiantaria.

TIAGO CAMILO É ESCOLHIDO O MELHOR DO MUNDO

Brasileiro esteve perfeito na competição
Com uma atuação perfeita, Tiago Camilo foi eleito o melhor judoca do mundo após o Campeonato Mundial do Rio de Janeiro. Em sete lutas foram sete ippons, sendo um de punição. O "passeio" do campeão dos meio-médios foi um dos pontos altos do evento encerrado neste domingo na Arena Olímpica. Pela segunda edição do mundial um brasileiro é escolhido o melhor do evento. Em 2005, João Derly foi premiado. "Foi um grande torneio mesmo. Sonhava ser campeão mundial e consegui. Agora é buscar o título olímpico. Busco a perfeição em tudo na minha vida e no judô a perfeição está no ippon", diz Tiago.
Camilo venceu na decisão da categoria o francês Antony Rodriguez em apenas 1min09s. Nas outras seis lutas, Tiago também foi rápido. Contra o polonês Richard Krawczyk foi 1min10s para conseguir o ippon. Nas quartas-de-final, dez segundos para bater o croata Tomisi Marijanovic. Na fase anterior a pontuação de ippon veio em forma de punição. O georgiano Gio Baindurashvili amarrou a luta e foi punido quatro vezes. Na estréia, 1min30s para vencer Fiderd Vis, de Aruba. Logo após, 1min26s para bater Franklin Cisneiros, de El Salvador e na terceira luta 1min35s contra o montenegrino Srdjan Mrvaljevic.
Fonte CBJ

16 de setembro de 2007

JOÃO DERLY É BICAMPEÃO MUNDIAL

O brasileiro venceu o cubano no golden score e ganhou a terceira medalha de ouro brasileira no Mundial
O judoca brasileiro João Derly é bicampeão mundial da categoria até 66kg. O atleta venceu o cubano Yordanis Arencibia na final do Campeonato Mundial de Judô, na noite de sábado, na Arena Olímpica do Rio de Janeiro. Assim como na semifinal, a luta decisiva foi para o Golden Score. Na final, uma luta muito parelha com o cubano Yordanis Arencibia, passados os cinco minutos os dois haviam tomado duas punições por falta de combatividade e continuavam empatados. A luta continuou igual no golden score e faltando 2min32 para, o brasileiro conseguiu um koka e sagrou-se bicampeão mundial de sua categoria. Para o judoca, o fator psicológico foi determinante para o resultado. “Foi a vitória da cabeça, que ajudou o coração. Estive motivado e com muita vontade até o final. Com essa torcida maravilhosa, não tinha como perder hoje. Aliás, o desempenho da nossa equipe foi importante principalmente porque o campeonato mundial está sendo no Brasil. A torcida empurrou muito a todos nós. Menos o Tiago, que passeou na competição. Todo atleta luta com algo mais para trazer uma alegria para o povo que está te assistindo”, disse Derly. João comparou também os títulos de 2005 e 2007: "No Cairo foi tudo mais fácil. Aqui acho que meu estilo de luta estava muito estudado e todos os combates foram dificeis". O bicampeão também falou da classificação para os Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. "É maravilhoso já poder pensar a partir de amanhã na olimpíada. No Brasil o processo seletivo é sempre duro e só ficamos sabendo se estamos na seleção na ultima hora", afirma, completando: "Primeiro quero comemorar, vou ter bastante tempo para melhorar e chegar nas Olimpíadas. O objetivo é a medalha olímpica, já consegui duas no mundial". Medalhista de prata, Arencibia elogiou muito o brasileiro. “João é um grande competidor, soube me marcar muito bem meu jogo e agora é continuar treinando para Pequim. Acredito que o árbitro tomou uma decisão precipidada, mas foi a opinião dele”, afirmou o cubano.
Fonte CBJ

15 de setembro de 2007

VAGA GARANTIDA PARA AS OLIMPÍADAS

Com a vitória sobre a canadense, a brasileira Érika garante vaga para o Brasil na categoria meio-leve, nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. As finais começam às 20h45m. Prepare-se para torcer!

PREPARE A TORCIDA PARA AS SEMIFINAIS

TRISTE, LEANDRO PENSA EM PEQUIM
Logo depois de ser eliminado do Mundial, Leandro, muito triste, agradece a todos que o ajudaram na recuperação da lesão nas costas que o atrapalha desde o Pan do Rio. Agora, ele quer Pequim: - Muita gente trabalhou comigo. A comissão técnica acreditou em mim, mas não consegui treinar tudo o que podia. Paciência. O sonho de conquistar um Mundial vai ficar pra daqui a dois anos. Vou lutar por Pequim e dar minha vida pra chegar lá 100%.00%.
LEANDRO ESTÁ FORA DO MUNDIAL

Zera o cronômetro e Leandro perde a primeira luta da repescagem com um koka e um yuko contra um wazari do adversário. Ele está fora do Mundial de Judô. O canadense Nichola Tritton avança nas chaves da repescagem.

João Derly avança às semifinais no Rio

O judoca gaúcho João Derly se classificou neste sábado para as semifinais do Mundial de Judô do Rio de Janeiro, ao bater o italiano Giovani Casale por ippon. Com o resultado, o gaúcho assegura o Brasil em mais uma disputa por medalha na competição classificatória para os Jogos Olímpicos de Pequim.

Diante de um adversário que passou a maior parte do tempo na defensiva, o brasileiro só conseguiu definir o combate no minuto final do tempo regular. Derly entrou no tatame mantendo a agressividade e teve várias tentativas próximas de conclusão nos golpes. O adversário, no entanto, usava os braços para manter uma distância segura do campeão mundial, que insistia na tentativa de catada de pernas.

Com as inúmeras fugas de Casale, o técnico Luiz Shinohara e o público pediam punição para o estrangeiro, mas eram ignorados pela arbitragem. Apesar das constantes escapadas do italiano, a 46 segundos do final, Derly conseguiu encaixar o ippon.

GAZETA PRESS

TIAGO CAMILO DÁ AO BRASIL O TERCEIRO TÍTULO MUNDIAL

Com sete vitórias por ippon o brasileiro é o grande destaque do segundo dia de competições.
No segundo dia de competições na Arena Olímpica, o Brasil conquistou sua segunda medalha de ouro no Mundial do Rio de Janeiro, desta vez com Tiago Camilo na categoria até 81 quilos. Esta é a terceira medalha dourada do esporte na história dos mundiais. O brasileiro fez uma competição perfeita. Conseguiu sete vitórias e todas elas foram por ippon. “Sabia que ia ser difícil, um grande desafio. Era a categoria com o maior número de atletas, tinha que estar muito focado. Era minha oportunidade de me firmar entre os melhores”, explicou Tiago sobre a decisão de não falar com a imprensa desde terça-feira para se concentrar para o campeonato. O francês Antony Rodriguez estava desolado e foi consolado por seus companheiros de equipe. O brasileiro ainda agradeceu aos familiares :“Muitas pessoas me ajudaram e me incentivaram. Essa vitória não é só minha. Agradeço à minha família, aos meus amigos e ao Rio Grande do Sul. A medalha é minha e do Brasil - disse Tiago. Questionado se o título mundial carimbava seu passaporte para os Jogos Olímpicos de Pequim, o judoca desconversou. “Pequim é outra história", desconversou. Ficaram com o bronze o holandês Guillaume Elmont e o britânico Euan Burton.
Fonte CBJ

1 de setembro de 2007

O Judô Moderno

03'Ago'2007 - Divulg. JUDOBRASIL

Prof. Ms. Odair Borges

Os princípios que inspiraram o Prof. Jigoro Kano na idealização do Judô, faziam parte de seu plano grandioso para desenvolver e promover a educação física integral, com base no ideal que defendia, chamado de principio das três culturas: intelectual, moral e física. Dizia ele que a importância da educação estava assentada na harmonia desses três aspectos do comportamento humano e propagou ao mundo a importância de orientar os praticantes de Judô, não apenas como uma simples luta de atividade e movimento, mas também a vivência de experiências que possam envolver os componentes emocionais, comportamentais e intelectuais. Uma das principais características na pratica do Judô é e sempre foi o uso pleno da sinceridade. Sinceridade consigo mesmo, de estar com o adversário nas mãos e procurar fazer um Judô sério, íntegro, limpo e sem vaidades, com o propósito principal de beneficio próprio e do companheiro. A denominação “DO” implica num forte elemento filosófico, é o “caminho” a ser seguido com o propósito principal de atingir a perfeição técnica com disciplina espiritual.Quando estamos praticando devemos ter consciência do bem que estamos fazendo a nós mesmos ao nosso companheiro de treino, ao nosso adversário e aos que assistem. O treinamento sincero, duro, sacrificado se constitui numa pratica para alcançar um nível de consciência que leva o praticante a um estado de euforia e um completo domínio da mente sobre o corpo. Prof. Jigoro Kano orientava que, “durante a prática ambos devem estar atentos na procura de uma posição mais favorável para a execução da técnica perfeita. Temos que decidir rapidamente e agir prontamente, ou perderemos a oportunidade de atacar ou defender. Essa atitude mental na busca de meios para o ataque e a defesa tornará o praticante, sério, cauteloso, decidido, com um grande poder de concentração e, sempre consciente de seus atos. Habituado a esse tipo de atitude, o praticante estará desenvolvendo um alto grau de disciplina e equilíbrio mental, que virá a ser um meio para construir uma identidade intelectual, moral e profissional, ou seja, crescer como indivíduo em beneficio da sociedade”. O importante é que toda ação deve ser realizada como uma manifestação da razão e não como um mero feito de força física. Atualmente não é essa a preocupação com o Judô moderno, cuja tendência é para um Judô egocêntrico ignorando os valores intrínsecos do “DO” (caminho). Estão sendo atendidos apenas aspectos superficiais do treinamento e entretenimento, em lugar da busca do desenvolvimento espiritual e aperfeiçoamento técnico. O verdadeiro judoca tem o dever de seguir os princípios filosóficos e educacionais preconizados pelo Prof. Jigoro Kano, em cada detalhe de sua vida, na pratica do Judô, no trato com a família, nos estudos, no trabalho e no convívio social do dia a dia. Estamos vendo mais a procura pelo prestigio pessoal, do que a demonstração de superar-se ou de vencer a si mesmo.A simples execução técnica, no que diz respeito à mecânica do movimento, está sendo mais importante que, a busca, a atitude mental, e a sinceridade para com os objetivos do Judô. Modificações nas regras levaram o atleta a procurar vencer através de provocar o adversário a cometer penalidades. Atletas, “professores”, técnicos e dirigentes gesticulam para os árbitros em favor de penalidades que lhes favoreçam, ou então comemoram acintosamente, vangloriando-se de vitórias conseguidas através de penalidades, ou por uma simples decisão dos árbitros. Apesar de Ippons de excelente nível técnico de alguns atletas, nos Jogos Pan-americanos, também vimos cenas de técnicos(as) e atletas em acessos de descontrole emocional tanto nas vitórias como nas derrotas. Esse tipo de atitude acaba por influenciar atletas, confundir os árbitros e incitar o publico aos atos de vandalismo. Na minha opinião são atitudes que só faltam com o respeito ao adversário, que já pela própria derrota, está em situação de constrangimento, desconforto e abalo emocional. Devemos ter consciência de que sem o adversário jamais poderíamos ter um vencedor. Quanto a qualidade técnica, não existe mais a preocupação em vencer buscando a técnica perfeita; o Ippon! Não é mais necessário, nem tentar o Ippon! Durante o treinamento parece ser suficiente orientar e praticar somente as técnicas para arremessar o adversário sentado ou sobre os joelhos, se é que podemos chamar isso de técnica. Nos treinamentos não se praticam mais os fundamentos, tão importantes em qualquer modalidade, para os desenvolvimentos cognitivos, técnicos e físicos do atleta. Em competição, até campeões de todos os níveis, iniciam uma luta em disputa pela pegada que é um contra-senso, pois o judogui foi criado para que você tenha o adversário nas mãos. Acontece que no treinamento também não se faz pegada e na competição muito menos, ninguém segura ninguém e quando segura, ou não consegue sustentar ou desfaz a sua pegada para anular a do adversário, e desse modo fica impossível de se ver Judô. As lutas do “moderno Judô” se desenvolveram através de um agarra-agarra mais parecidas ao Wrestling, influenciando na orientação da arbitragem e na atitude dos árbitros, que muitas vezes por falta de vivencia, conhecimento e prática, aceitaram e se adaptaram a um tipo de luta que prejudicou o Judô. A competição acabou impondo limitações para o progresso técnico e o desenvolvimento pessoal, e continuando assim, o Judô acabará perdendo sua essência. Muitos atletas excelentes competidores, deixam a desejar como conhecedores e praticantes do verdadeiro Judô, o mesmo acontecendo com professores que ensinam seus alunos a competir e não a praticar, lutar e viver o Judô, o que nos deixa preocupados com o futuro. Não creio, que seja minha, a única voz de contrariedade e insatisfação com o Judô competitivo que está sendo apresentado. Em ocasião anterior, pelo menos vinte anos atrás, em reunião da Comissão Técnica da C.B.J. essa minha preocupação foi severamente criticada pelo presidente na época. Na sua contumaz verborragia destrambelhada, expeliu; “o importante para a Confederação e o Comitê Olímpico são as medalhas”. Se os dirigentes do Judô no mundo estão pensando do mesmo modo, então estamos no caminho para a descaracterização do Judô. Ainda penso que são preocupações, com necessidade de serem compreendidas, avaliadas, e analisadas. Tenho consciência que propostas implicam em mudanças nas regras, mas não quero apenas criticar e sim tentar colaborar apresentando algumas sugestões para estudos, discussões, criticas e argumentações. Arbitragem

1- Árbitros deverão durante os cursos específicos em qualquer nível, fazerem também, prática de “Nague Waza” e “Katame Waza” em ne waza para facilitar suas avaliações. -
2- Deverão ter conhecimentos técnicos, claros e específicos das principais técnicas de competição e suas variações -
3- Conhecimento das técnicas e desenvolvimento da luta no solo (Ne Waza) para que não sejam interrompidas quando o atleta está em trabalho progressivo para o encaixe de uma chave, estrangulamento ou imobilização. Acontece muitas vezes o árbitro por falta de conhecimento, receio ou inexperiência prática, interromper posições reais de habilidade técnica. -
4- Para fins de estudo e pesquisa realizar lutas com os 3 árbitros dando pontuações e penalidades simultaneamente evitando a passividade dos laterais e a indução sugestiva do árbitro central. (inicialmente essa regra poderia começar a ser aplicada no Golden Score, como citado abaixo). -
5- Árbitros, principalmente laterais, não discordam de avaliações e penalidades aplicadas pelo central, muitas vezes porque o central é mais graduado ou é um árbitro internacional,ou simplesmente ter a postura “o central que decida” , “pra que discordar” ? ou também, por estarem sob a pressão de uma avaliação pela Comissão de arbitragem seja em nível estadual, nacional ou internacional.

Golden Score:

1- Durante o Golden Score os árbitros darão as pontuações e penalidades ao mesmo tempo para evitar que só o árbitro central tenha a decisão final da luta. (No golden score essa medida serve de pesquisa e laboratório para a possibilidade de modificação na arbitragem geral das lutas de Judô. Tem acontecido muitas vezes os árbitros laterais deixarem a luta ser administrada somente pelo central eximindo-se de concordar, anular, pontuar ou penalizar os atletas durante o combate.) -
2- No Golden Score não serão validas as penalidades como critério de vitória e sim apenas como uma pontuação negativa cumulativa, que em caso de não haver pontuação técnica, será computada até o final do combate, para decidir a luta. Serão válidas para finalizar a luta somente pontuações técnicas acima de Yuko (inclusive). Pontuações como “Koka” não serão sinalizadas, apenas serão computadas como “vantagem”.

Penalidades:

1- Penalidades para posições defensivas como, por exemplo: Em atleta(s) abaixado(s) com o quadril para traz, ou por não combatividade, poderão ser aplicadas sem interrupção da luta, apenas com a sinalização do gesto e voz do árbitro.(o árbitro de frente para o placar indicaria o lado penalizado ou tocaria o(s) atleta(s) penalizado(s). -
2- Penalidades para saídas da área de luta também poderiam ser aplicadas sem interrupção da luta, apenas com sinalização do gesto. -
3- Penalidades para atletas que viram de costas e permanecem nessa posição para evitar a luta no solo.

Falso ataque: por ser muito subjetivo dificilmente um árbitro interpretará de maneira correta. Qualquer ataque que não atingiu seu objetivo estará sujeito a ser interpretado como falso ataque, principalmente por árbitros que não vivenciaram na prática e não sabem diferenciar, o que é tentar e encaixar uma técnica, ou errar e ser desequilibrado, ou ainda, realmente ser um ataque falso.Essa penalidade deveria ser excluída. È simplesmente ridículo um judoca vencer ou ser derrotado por uma penalidade desse tipo, principalmente em torneios internacionais, mundiais e jogos olímpicos. Kumikata (pegada) Apesar de achar um contra senso, como citei no artigo, poderia ser feito um estudo ou experiências com atletas iniciando a luta já segurando, quando então o árbitro diria Hajime e do mesmo modo, sempre que se soltassem. Técnicos Técnicos só podem orientar os atletas Não poderão falar ou gesticular com os árbitros, publico ou dirigentes. Replay Estudo para em campeonatos internacionais usar o recurso do Replay para analise imediata por um árbitro de mesa, quando o trio de arbitragem achar necessário.