16 de outubro de 2007

GP Nacional: clubes aumentam versão oficial

12'Out'2007 - Divulg. JUDOBRASIL

No final da tarde de ontem (11/10), a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) divulgou nota informando o cancelamento do GP Nacional 2007. A entidade fundamentou a decisão no excesso de 'eventos de peso’ realizados em 2007 e às competições preparatórias para Pequim-2008. No entanto, a versão dos clubes é ‘um pouco' mais extensa. Segundo eles, a CBJ não mostrou qualquer preocupação em organizar um evento que, segundo apregoa, é ‘a principal competição de clubes do país’. Sem receber qualquer ajuda e depois de avaliarem as versões anteriores, alguns clubes resolveram que não valeria a pena repetir o investimento – em torno de R$ 30.000,00 por clube – para participar de um evento que não dá retorno: “A CBJ quer tudo na mão sem ajudar em nada”, extravasou o dirigente de um dos mais tradicionais clubes do país. “Já não basta eles não mencionarem os nomes dos clubes cada vez que o Brasil conquista um resultado expressivo. Agora querem que continuemos bancando tudo: até quando?”, questionou. Segundo outro dirigente, quando houve a primeira reunião para tratar da realização da primeira edição (2003), a CBJ pediu aos clubes que comprassem a idéia e bancassem a primeira temporada, assumindo o compromisso de arcar com as despesas a partir da segunda edição. Na ocasião, o argumento ‘falta de caixa’ foi aceito contra o aceno de ‘melhores ventos’ nos anos subseqüentes. Só que a CBJ não conseguiu vender uma cota de patrocínio sequer e a mesma conversa foi usada no outro ano; e no outro, e no outro, e no outro...

De acordo com eles (representantes dos clubes), não bastasse sofrer esses descasos, a CBJ insistiu em determinar que categorias seriam disputadas nesta ano: "A gente investe em todas as categorias e na hora da competição a CBJ é quem determina quem terá visibilidade ou não, de acordo com as suas conveniências: nem existe discussão", protestaram. Um terceiro dirigente acrescentou: “A CBJ fala em ‘fortalecimento dos clubes’: gostaria de saber quando ela pretende começar esse processo. Até agora só servimos para pagar contas, fornecer atletas e associar nossos bons nomes à administração atual. E o que recebemos em troca?: total descaso. Se houvesse uma real preocupação conosco, a CBJ teria planejado a coisa toda com mais seriedade. Não é possível que só agora, no final do ano, eles tenham lembrado do GP... E tem mais: para pagar passagens para mais de 100 países virem ao mundial tinha dinheiro. Para colaborar conosco - que cuidamos, treinamos e pagamos os atletas - não existe nenhum recurso”, concluiu. E quem esteve no Mundial do Rio sabe que organização não é o forte da CBJ. O presidente Paulo Wanderley acreditou que comprando um par de ternos e um notebook viraria um PhD em gestão e marketing; mas vem tocando a CBJ como se fosse uma barraca de côcos numa praia qualquer. Aliado à esse delírio, conseguiu contrariar todos os envolvidos com o Judô de alto-rendimento ao contratar um tal de Maurício para cuidar das promoções. Esse Maurício conseguiu ser uma das raras unanimidades do Judô brasileiro atual: é malquisto por todos os dirigentes e atletas das seleções principais. Mas o 'Paulinho' gosta dele e deu no que deu: estamos nas mãos de dois amadores.

Finalizando, se a CBJ 'prioriza' os clubes e a seleção principal e a situação é essa, imaginem a situação das academias e clubes pequenos...; e os atletas das categorias de base? Dessa administração podem esquecer qualquer atenção.

JUDOBRASIL

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