Shinohara receberá o troféu durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico 2007, dia 17, no Teatro Municipal do Rio
Pela primeira vez em nove edições do Prêmio Brasil Olímpico, o Troféu de Melhor Técnico do Ano será entregue a um profissional do judô. Em 2007 o Comitê Olímpico Brasileiro homenageará o trabalho de Luiz Junite Shinohara à frente da Seleção Brasileira Masculina de Judô. Aos 53 anos, Shinohara comandou o judô brasileiro no melhor ano da história da modalidade. Com seis medalhas no judô masculino nos Jogos Pan-Americanos Rio 2007, quatro no Campeonato Mundial do Rio de Janeiro e o vice-campeonato mundial por equipes, na China, o Brasil consolidou-se definitivamente como uma das potências na modalidade. Shinohara receberá o seu troféu na cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico 2007, que será realizada no dia 17 de dezembro, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
“O troféu de melhor técnico do Prêmio Brasil Olímpico é um reconhecimento importante para o judô brasileiro. Tivemos um ano excepcional com um bom desempenho nos Jogos Pan-americanos Rio 2007 e principalmente no Campeonato Mundial, quando superamos todas as expectativas. É uma honra receber esse prêmio, principalmente por vir do Comitê Olímpico Brasileiro, entidade que representa todas as modalidades esportivas do país. Fico extremamente feliz por ter meu trabalho reconhecido e gostaria de dividir essa honra com toda minha comissão técnica. É a premiação máxima que qualquer treinador pode alcançar”, comemorou o treinador, há cinco anos no comando da equipe masculina de judô do Brasil.
Criado sob a doutrina do judô clássico de Jigoro Kano, Luiz Shinohara conviveu desde pequeno com os tatames. Luiz é filho do lendário Massao Shinohara, fundador da academia Shinohara. Antes mesmo dos clubes investirem no judô, Massao Shinohara ensinava amigos japoneses e alguns jovens, entre eles um aluno que em pouco tempo se tornaria um dos maiores judocas da história do país, Aurélio Miguel, que depois conquistou duas medalhas olímpicas. Com essa base, Luiz Shinohara chegou à seleção brasileira como atleta, tendo destaque em Jogos Pan-americanos. Nos Jogos do México-75 foi medalha de bronze. Em San Juan-79 conquistou o ouro e em Caracas-83 foi prata. Ao lado de Flavio Canto, Shinohara é o único judoca brasileiro com este desempenho em Jogos Pan-americanos.
Em 2002, Shinohara assumiu a comissão técnica da Seleção Brasileira masculina de judô e com ela aumentou ainda mais sua coleção de títulos. Ao longo dos últimos cinco anos foram oito medalhas em Campeonatos Mundiais, duas em Jogos Olímpicos e 12 em Jogos Pan-americanos. “Fomos perseverantes em busca dos resultados e hoje o Brasil é uma das grandes forças do judô mundial. O Brasil está completamente inserido como uma das grandes potências do judô mundial. A motivação dos atletas está alta depois do desempenho nesse ano”, afirma Shinohara, nascido em Embu, interior de São Paulo.
Já projetando o futuro, o treinador vê com bastante otimismo os próximos passos da seleção brasileira de judô. “Agora o desafio é potencializar os treinamentos e proporcionar as melhores condições para alcançarmos excelentes resultados nos Jogos Olímpicos de Pequim”, disse Shinohara, explicando um pouco do seu segredo. “Eu trabalho puramente a técnica dos atletas. Procuramos assimilar as características próprias de nossos judocas com a competitividade do judô europeu”, afirmou o treinador.
A votação para a escolha do melhor atleta do ano será realizada até o dia 10 de dezembro. Os concorrentes masculinos são o ginasta Diego Hypólito, o judoca Tiago Camilo e o nadador Thiago Pereira, no masculino, e a ginasta Jade Barbosa, a jogadora de futebol Marta e a saltadora com vara Fabiana Murer, no feminino. O público poderá escolher seus atletas preferidos através do site www.premiobrasilolimpico.com.br, ou com link no site do Comitê Olímpico Brasileiro (www.cob.org.br).
Realizado desde 1999, o Prêmio Brasil Olímpico já se tornou tradicional no calendário esportivo brasileiro. Este ano o Prêmio terá como tema central os Jogos Pan-americanos Rio 2007. Outra novidade foi a criação do Troféu Maria Lenk, em homenagem à maior atleta da história da natação brasileira, falecida em 16 de abril passado. O troféu será oferecido este ano a uma atleta que ajudou a construir a história do esporte feminino no Brasil e que represente os valores deixados por Maria Lenk, como espírito de participação e coletividade, civismo e amor ao esporte. Esta premiação segue o mesmo conceito do Troféu Adhemar Ferreira da Silva, instituído em 2001.
Este ano também serão instituídos troféus para os melhores atletas das Olimpíadas Universitárias e das Olimpíadas Escolares. As outras categorias de premiação serão Melhor Atleta por Modalidade, Melhor Técnico, Melhor Atleta Paraolímpico (masculino e feminino), Troféu COI 2007 - Esporte e Promoção do Olimpismo Troféu Personalidade Olímpica do Ano.
Fonte CBJ
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