Judoca de 16 anos faz imposição a ela mesma: voltar das Olimpíadas de Pequim premiada
Alexandre Alliatti Do GLOBOESPORTE.COM, em Porto Alegre
De nada adianta dizer para Mayra Aguiar que ela, aos 16 anos, não tem qualquer obrigação de voltar das Olimpíadas de Pequim com uma medalha. Os argumentos são derrotados por ippon. A garota, ambiciosa, ignora a baixa idade e garante que vai aos Jogos para ganhar. É uma exigência feita por ela mesma.
- Eu me imponho essa obrigação. Mas vou com a cabeça tranqüila. Se vier uma medalha, ótimo. Se não vier, tudo bem, porque talvez seja a primeira de quatro Olimpíadas que terei pela frente. De qualquer forma, eu sempre entro para vencer - comenta.
A judoca da Sogipa, vencedora da Copa do Mundo de Varsóvia, prefere não dramatizar. Ela trata as Olimpíadas com a maior naturalidade possível.
- Não sei o que vou encontrar lá, mas já conversei bastante com colegas, tem sempre muita gente falando comigo sobre o assunto. Vou baixar um pouco a expectativa ao ver com os outros como tudo funciona. Não vai ser tão complicado assim - projeta.
Para poder pensar exclusivamente nas Olimpíadas e fazer a melhor preparação possível, até os estudos ficaram de lado.
- Este ano, parei de estudar para focar somente nos Jogos Olímpicos. É uma rotina de muitos treinamentos. E tem que ser assim, porque é a competição mais difícil que existe - diz.
Mayra será a caçula entre os judocas e, possivelmente, em toda a delegação brasileira nas Olimpíadas. Por ser a mais nova, é impossível escapar das brincadeiras dos colegas.
- É tranqüilo. Já fizemos algumas viagens juntos. O bom é que o amadurecimento fica mais rápido. Algumas vezes, o pessoal brinca comigo, manda que eu carregue as malas por ser a mais nova. O jeito é levar tudo na boa, sempre na brincadeira - afirma a gaúcha, sorridente.
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