19 de março de 2008

Brasil enfrenta Japão em São Paulo

A seleção olímpica de judô se despedirá do Brasil em grande estilo. O II Desafio Internacional Brasil x Japão está confirmado para o dia 15 de junho, em São Paulo, e será o último compromisso da equipe masculina no País antes do embarque para os Jogos de Pequim. O convênio entre a Confederação Brasileira de Judô e a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer de São Paulo foi assinado nesta quarta-feira (19), com a presença dos titulares da equipe olímpica. O evento fará parte das comemorações do centenário da imigração japonesa no Brasil.

“São Paulo é o carro chefe do esporte brasileiro e é a cidade ideal para receber o Desafio Brasil-Japão. O ano de 2008 é muito especial, sobretudo para nós, do judô, que devemos tanto à imigração japonesa”, disse o presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira, que esteve acompanhado por João Derly, Eduardo Santos, Luciano Correa, Érika Miranda, Ketleyn Quadros, Danielli Yuri e Edinanci Silva, além de Henrique Guimarães, hoje técnico da seleção brasileira júnior e do Centro Olímpico de Judô de São Paulo.

O Secretário de Esporte de São Paulo, Walter Feldman, fez questão de conhecer mais de perto o judô e fez inúmeras perguntas aos atletas sobre sua rotina de treino, alimentação, treino e chance de medalha em Pequim. Um dos pontos de maior interesse do Secretário foi sobre conciliação de atividade física e estudo. E mostrou o trabalho que sua Secretaria faz neste sentido.

“Nosso principal projeto social é o Clube Escola. Já temos alguns centros temáticos ensinando tênis e ciclismo. Vamos fazer um centro de referência também para o judô, além do trabalho que já temos no Centro Olímpico e em outros núcleos”, afirmou o Secretário. “São Paulo é a capital brasileira do esporte e ficamos muito felizes em receber o Desafio Brasil x Japão no judô”, completou.

Edinanci Silva, a mais experiente atleta da seleção olímpica brasileira, fez questão de dar seu depoimento sobre a relação estudo-esporte: “Antigamente, os atletas cursavam educação física depois de parar de competir. Era o único caminho. Hoje a história é diferente. Os ex-atletas agora são fisioterapeutas, profissionais de marketing, advogados... e trabalham nos clubes e na Confederação”, explicou Edinanci, revelando seu sonho de estudar Direito quando encerrar a carreira.

Sobre a realidade financeira dos atletas, outra pergunta feita pelo secretário, João Derly esclareceu: “Vimos uma evolução muito grande no judô. Hoje, graças aos patrocínios pessoais e ao empenho da Confederação em nos dar as melhores condições, já podemos nos dedicar exclusivamente ao esporte”, disse o bicampeão mundial.

A equipe olímpica de judô embarca para o Japão nesta sexta-feira (21) e fica em treinamento por 15 dias.

CBJ

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