13 de março de 2008

Kzuka entrevista Mayra Aguiar

Kzuka - Como e quando você começou a praticar judô? A partir de qual momento você passou a levar o judô mais a sério? Como tem sido a sua rotina de treinos/estudos diária?

Mayra Aguiar - Comecei com 6 anos. Parei por dois anos, aos 12, voltei para a Sogipa e desde então voltei a treinar sério. Minha rotina é de dois treinos diários. Um pela manhã e outro pela noite. Como tenho que viajar muito durante o ano inteiro, parei de estudar no colégio. Agora, vou fazer um curso de inglês para não ficar parada. Seria impossível conciliar estudo com as viagens. Mas depois voltarei a estudar com certeza.

Kzuka – Você obteve uma colocação excelente nos últimos jogos Panamericanos. Você acha que isso cria uma expectativa muito grande para os jogos de Pequim? Isso é bom ou ruim?

Mayra - Sim, cria, mas tenho consciência que preciso trabalhar muito ainda para ganhar alguma coisa. Tenho só 16 anos. A maioria das minhas adversárias é mais experiente do que eu, então tenho que me esforçar muito. É bom, mas é preciso ter os pés no chão sempre.

Kzuka – Você costuma ficar muito nervosa antes das lutas? O que você faz para combater o nervosismo?

Mayra - Antes eu ficava. Agora, com mais competições, já controlo isso melhor.

Kzuka – Como é a sua relação com os professores e colegas? Eles te admiram muito? Te ajudam pra não ter problemas no colégio?

Mayra - Não estudo...

Kzuka – Rola algum tipo de preconceito pelo fato do judô ser um esporte um pouco mais masculino? Como você lida com isso?

Mayra - Não tem nada disso. Hoje o judô feminino está crescendo cada vez mais. Todas atletas conquistaram medalhas no Pan. Nunca sofri nada parecido. Estamos conquistando o respeito com nosso trabalho.

Kzuka – Quem é o seu maior ídolo (a) no judô? E fora do esporte?

Mayra - Ah, são muitos no judô. Pô treino do lado do João Derly e do Tiago Camilo, dois campeões mundiais que me ajudam sempre. Fora outros atletas que admiro muito também. Fora do esporte, gosto muito do Renato Russo.

Kzuka – Desde que você começou a treinar mais e competir com seriedade, qual foi o momento mais difícil que você já vivenciou? E qual foi o mais emocionante?

Mayra - O mais difícil foi na minha primeira viagem internacional, no Pan-Americano juvenil nos Estados Unidos. O mais emocionante foi há duas semanas, quando ganhei a Copa do Mundo de Varsóvia.

Bate-bola Dois momentos... Jogos Pan-Americanos e Copa do Mundo de Varsóvia

Duas comidas... Massa e Pizza =D

Duas músicas... Gosto muito de Renato Russo (Faroeste Caboclo) e Jack Johnson

Dois dias do ano... Natal e ano novo

Dois lugares... Minha casa e a Sogipa

Duas pessoas... Três: pai, mãe e irmã

Duas vitórias... Quatro: as que me levaram a medalha de ouro em Varsóvia

Guilherme Barcellos (guilherme@kzuka.com.br) /Renata Moreira

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