1 de março de 2008

Brasil será sede do Grand Slam de Judô a partir de 2009

Federação Internacional de judô anuncia novo calendário de eventos e o Rio de Janeiro será uma das nove sedes mundiais de um circuito que distribuirá US$ 1,3 milhão em premiação

Na manhã desta sexta-feira (29/2), no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, a Federação Internacional de Judô fez o anuncio do novo calendário de eventos da entidade para os próximos quatro anos, a contar a partir de 2009. A FIJ organizará 12 torneios e a novidade fica por conta de cinco etapas do Grand Prix Interancional, quatro de Grand Slam e um World Masters. O Rio de Janeiro será sede de uma das etapas do Grand Slam. Os eventos reunirão os melhores judocas do mundo em busca de uma premiação total de US$ 1,3 milhão. Também foi confirmada a realização anual do Campeonato Mundial Sênior e Júnior.

Além do presidente da Federação Internacional de Judô, Marius Vizer, estiveram presentes o presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley Teixeira, o diretor de arbitragem da FIJ, Juan Carlos Barcos, o presidente do Comitê Olímpico de Porto Rico e da Organização Desportiva do Caribe, Hector Cardona, e o secretário geral da FIJ, Hedi Dhoub.

Com US$ 100 mil de premiação para cada etapa, o Grand Prix Internacional acontecerá em Hamburgo (ALE), Dubai (EAU), Las Vegas (EUA), Rotterdam (HOL) e Pequim (CHN). Já o Grand Slam terá US$ 150 mil em prêmio e será realizado em Paris (FRA), Tóquio (JAP), Moscou (RUS) e Rio de Janeiro (BRA). Para encerrar a temporada, um World Masters com o valor de US$ 200 mil com local à definir.

Marius Vizer, presidente da Federação Internacional de Judô e que assumiu a entidade em setembro de 2007, destacou a importância dos novos eventos.

“Antigamente a FIJ organizava apenas um evento por ano. Nosso objetivo com este calendário é modernizar o judô e transformá-lo atraente para a mídia e o público. Teremos no World Masters, por exemplo, os oito melhores atletas do mundo em cada uma das categorias. Com estes torneios também criaremos um ranking mundial que servirá para definir vagas nos jogos olímpicos”, diz Vizer, lembrando que a formatação dos torneios e as datas serão definidas após os Jogos Olímpicos de Pequim, provavelmente no mês de outubro. O dirigente também anunciou a criação de um Centro de Desenvolvimento Internacional no Brasil.

O presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley Teixeira, comemorou a inclusão do Brasil entre os países contemplados com o evento.

“Havia a expectativa que o Brasil fosse receber uma etapa do Grand Prix, mas ser sede do Grand Slam foi uma excelente surpresa. Com certeza isto é resultado do prestígio do judô brasileiro no cenário internacional, além do sucesso na realização do Mundial de 2007 e dos Jogos Pan-Americanos 2007”, diz Paulo Wanderley.

Questionado sobre a ameaça de desfiliação do Brasil da União Pan-Americana de Judô, o presidente da Federação Internacional foi direto: “foi uma piada de mau gosto. As reuniões não tiveram cunho político. Um país como Brasil, que teve três campeões no ultimo mundial, não poderia nunca ficar de fora de qualquer tipo de discussão sobre o desenvolvimento do judô”.

O Secretário Geral da FIJ, Hedi Dhoub, ressaltou a importância da presença da entidade neste encontro no Rio de Janeiro.

“É a primeira vez que o presidente da FIJ vem ao continente pan-americano para um encontro como este. É importante ele ouvir os países, inclusive os menores”, afirma Hedi.

Juan Carlos Barcos, diretor de arbitragem da FIJ, aproveitou a reunião para apresentar aos países possíveis mudanças de regra na modalidade.

“Nosso objetivo é fazer do judô um esporte mais dinâmico, bonito e claro para o grande publico. Estas mudanças vão ocorrer após a Olimpíada de Pequim e estamos estudando como elas acontecerão”, explica Barcos.

CBJ

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